Depois da minha primeira boa
impressão, do meu “amor à primeira vista”, é hora de seguir rumo a San Diego,
rumo aos estudos e - com “um certo frio na barriga” - passar quatro
semanas morando em uma família americana. Eu sabia que seria difícil algo ser
mais surpreendente do que Santa Mônica, mas fui com fé!!
Viajando para San Diego
Eu tinha algumas opções de ida de
Los Angeles para San Diego: avião, trem, carro (mas não aluguei), van ou ônibus. Qual foi a escolhida? De ônibus, é claro! Além do fator “economia”
para quem ainda tinha um mês pela frente, nada como viver uma emoçãozinha
durante a trip. Li a respeito da empresa de transportes que faz o trajeto, a
Grey Hound e os comentários não eram os melhores, mas mesmo assim resolvi
“apostar na sorte” e não me arrependo. Paguei 13 dólares pela passagem (mais
barato que isso só pedindo carona na estrada) e o ônibus não era pior do que
esses que fazem viagens interestaduais aqui no Brasil. Só atrasou um pouco para
sair, mas, de resto, sem reclamações. Agora era só esperar para chegar e encontrar a
família que estaria me esperando na rodoviária.
Só tinha um problema que eu esqueci de comentar, mas, lá em Santa Mônica, depois de muito sol, calor e com o choque de temperatura da viagem do Brasil para os EUA, eu fiquei rouca, doente e aos poucos minha voz sumiu completamente. Aí veio mais um medinho: meu inglês já não é grandes coisas, como eu iria me comunicar com a família? Nervosismo por ter que ficar com “estranhos”, inglês meia boca e ainda por cima sem voz? Me senti o verdadeiro caos em pessoa!! Mas quem está na chuva é pra se molhar. Cheguei, eles estavam me esperando LINDOS, host father, host mather e host sister (como eles chamam) e foi super tranquilo, compraram pastilhas para minha garganta e me fizeram sentir como se eu realmente estivesse em casa. Recepção nota 10! Já no caminho para casa veio o comentário de um deles: “essa é a primeira vez que buscamos um estudante na rodoviária” eheheheh. De cara já devem ter pensado que eu era uma brasileira doida, pois eles falaram bem mal a respeito da tal da Grey Hound. A experiência com nativos foi realmente válida. Depois eu conto!
A cidade
Nos primeiros dias fiquei mais em
casa e me dedicando às aulas, visto que ainda não conhecia muita gente, mas aos
poucos fui me surpreendendo cada vez mais com o lugar e pensando: “Nossa, eu
viveria aqui sem pensar duas vezes”. San Diego tem tudo que você precisa, com
uma infraestrutura de dar inveja a nós brasileiros. A 8ª maior cidade dos Estados
Unidos, localizada no sul da Califórnia, coladinha com Tijuana do México, tem gente feliz pra todo lado e um céu
azul fascinante.
Eu ainda estava anestesiada com a
beleza de Santa Mônica, mas encarei a vida em San Diego como sendo um misto de
estudo com lazer. Tive meu primeiro dia de aula ( ótimo), fui conhecendo
pessoas e fiz uma grande amiga, a qual morava na mesma casa que eu, a japonesa Eri. Cheguei a conclusão de que a cidade tem tantos atrativos que dá para passar um ano por lá só
passeando, sem cansar!
As praias Ocean Beach, Mission
Beach, Pacific Beach, Conorado e La Jolla têm encantos diferenciados para agradar a todos
os gostos e idades (e bolsos). Quem não gosta de mar pode desfrutar de outros tipos de
atrações como um piquenique no Mission Bay Park, uma noitada na agitada Gaslamp Quarter, um passeio e visita aos museus
dos 485 hectares de área do Balboa Park, que abriga também o famoso San Diego
Zoo, almoçar em Old Town (mini México), ficar boquiaberto com as atrações do Sea World, sem esquecer de contemplar
o encantador por do sol de um dos picos mais bonitos da cidade: o Sunset
Cliffs. Enfim, atividades é o que não faltam nesse lugar sem palavras que foi
me conquistando aos poucos e quero voltar inúmeras vezes, pois ainda há muito o
que ver em San Diego. Costumo dizer que só teve uma coisa na cidade que não
gostei: ter que voltar pra casa...